2015 terminou deixando marcas
profundas. Nossas Entidades também foram afetadas. Sem esgotar, listamos abaixo
pontos negativos ao nosso alcance:
- Inflação 10,8%. Exceto 2012,
foi maior taxa dos últimos 20 anos;
- Taxa de desemprego 7,6%. A
maior dos últimos nove anos;
- PIB (-3,6%). Retroagindo a
1948, maior queda (exceto 1981 e 1990 (-4,3%);
- Taxa de juros 14,25%. A
maior nos últimos nove anos.
- Contas do Governo. A pior
performance nos últimos 19 anos. O Brasil perdeu a confiança da comunidade
internacional;
- Bolsa de Valores 43.350
pontos, a menor pontuação nos últimos anos;
- Dólar R$ 3,95. A maior
desvalorização do real depois de 1994;
- Segurança, saúde, educação
em decadência, com desvios de recursos em todos os níveis;
- Corrupção generalizada,
culminando com Denúncias, indiciamentos e prisões de políticos e empresários de
destaque, CPI nos Fundos de Pensão e pedidos de afastamentos do Presidente da
Câmara e da Presidente da República;
- Desastre ecológico de
proporções assustadoras;
- Aposentadorias achatadas e
elevado nível de endividamento dos aposentados;
- A CASSI conviveu com a pior
crise financeira, sem acordos com o Banco;
- A ANABB, na posse dos novos
Conselheiros, conforme já divulgamos, em minha opinião, descumpriu o Estatuto;
- Fundos de Pensão com déficit.
O CNPC editou em 25/11/2015 resolução para amenizar possíveis impactos no bolso
dos participantes;
Dentre outras, muitas destas variáveis
negativas afetaram bastante o resultado da PREVI, sinalizando para o pior
desempenho nos últimos 12 anos (exceto 2008 - profunda crise internacional). Diante
de meta atuarial prevista de 15,8% (INPC + 5%), a rentabilidade acumulada até
setembro foi de 3,2%, sem considerar o impacto da avaliação da Vale do Rio Doce,
Neo Energia e INVEPAR, empresas que são avaliadas a valor econômico (fluxo de
caixa descontado). A rentabilidade em renda fixa (10,10%) em setembro,
possivelmente não alcançará a meta atuarial (rentabilidade mínima desejável
para equilibrar o plano). A remuneração variável (-2,4% em setembro) poderá ser
ainda menor. As reservas matemáticas (valores projetados para o pagamento de benefícios
até o final do plano) aumentaram bastante devido a elevada taxa de inflação e
contribuíram para o pífio resultado. Em consequência, diante de registro de
déficit elevado em 2015, há possibilidade de serem consumidas todas as reservas,
situação semelhante ocorrida somente em 2002. Registre-se que, em 2013 as
reservas acumuladas eram cerca de R$ 24 bilhões e caíram em 2014 para 12
bilhões. É oportuno registrar que a PREVI não realizou prejuízos. O resultado é
contábil, diante de uma situação conjuntural. Os cenaristas apontam para
melhorias somente a partir de 2017.
Finalmente, Colegas, seria
desejável comentar um balanço positivo, mas, infelizmente impossível neste
momento difícil em que toda a sociedade sofre as consequências de um Brasil desarrumado.
Esperamos e confiamos num futuro melhor.
Lamentável que muitos amigos e
Entes queridos foram para o outro Plano. Agradecemos DEUS por continuarmos
vivos, com saúde e disposição para os desafios.
Com otimismo e esperança,
desejo a todos UM FELIZ E ABENÇOADO ANO NOVO.
Abraço,
Antonio J. Carvalho.